O que tem a ver as espumas com o ânus?

Você está no seu momento mais reservado e sabe o quanto o papel higiênico é vilão para o ânus, não é mesmo? Ok! Então com a ducha higiênica e sabonetes a postos, está tudo tranquilo, certo?

Cuidado! Você pode estar trocando um problema por outro.

A região anal é composta pelo canal anal; constituído pela mucosa intestinal, que segue inferiormente e através de uma zona transicional muda para o anoderma (mucosa anal), que por sua vez se continua até conectar-se à pele perianal (área cutânea).

Essa múltipla composição, também torna complexa a forma que se manifesta frente a um agente externo. Ou seja, a zona de mucosa intestinal, a zona transicional, o anoderma e a pele, propriamente dita, reagem diferentemente aos sabões e suas espumas.

A pele da região anal é muito sensível e a sua higiene deve ser sim, feita com água abundante e limpeza mecânica. Já o uso de sabonetes pode estar presente, no entanto, deve-se evitar o excesso de sabão e a frequência da higiene.

Os famosos sabonetes antissépticos devem ser evitados, pois alteram a flora bacteriana local, facilitando a presença de infecções da pele da margem anal por outras bactérias e fungos, que não deveriam estar por ali.

Os sabonetes preferidos são os sabonetes glicerinados ou infantis, já os sabonetes íntimos femininos devem ser substituídos pelos sabonetes íntimos proctológicos, a base de glicerina, camomila e/ou aloe vera, mas há que se ter uma ressalva, alguns pacientes desenvolvem prurido anal (a famosa “coceira”) mesmo com estes cuidados.

Sendo assim, a água é o melhor remédio, também para o ânus, E... procto!.

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