Human Papilloma Virus (HPV), cuja tradução seria Papilomavírus Humano. Trata-se de um vírus simples em sua estrutura, que na maioria das vezes não causa sintomas, mas pode provocar verrugas genitais e anais e até o câncer, independente do gênero do paciente. O HPV é considerado uma DST (Doença Sexualmente Transmissível).
Estes vírus são capazes de infectar tanto a pele, quanto as mucosas. Já são conhecidos mais de 200 sorotipos diferentes de HPV, destes cerca de 40 têm predileção pela região anal e genital, mas a boca é outro local bastante acometido.
Acredita-se que cerca de 13 sorotipos podem causar lesões precursoras de câncer, são as formas oncogênicas. As lesões precursoras quando não tratadas a tempo podem progredir através de mutações até o câncer propriamente dito. É por isso que o HPV entra na lista de fatores de risco para cânceres de Cólon, Reto, Colo de Útero, Vagina, Pênis, Boca e Garganta.
Dentre os tipos considerados de alto risco oncogênico, os sorotipos 16 e 18 se destacam, enquanto os tipos 6 e 11 são responsáveis por 90% dos condilomas (“verrugas”) ano-genitais.
Mas como se infecta pelo HPV?
Apenas pelo simples contato direto da pele e/ou mucosa infectadas. Dessa maneira, as variações ou vias sexuais são as principais formas de infectar-se. Ainda não foi comprovado a infecção através de objetos compartilhados, sanitários ou roupas íntimas, portanto, o contato oro-genital, genital-genital e ano-genital deve sempre ser protegido.
Quais são os sintomas?
Cerca de apenas 5% dos pacientes portadores de HPV manifestam algum sintoma, o que dificulta o controle pessoal e a busca pelo atendimento especializado precocemente. O sintoma mais comum é o condiloma acuminado, também conhecido como VERRUGA, CRISTA DE GALO, FIGUEIRA ou CAVALO DE CRISTA.
Contudo, infecções subclínicas podem ocorrer e sem outros sintomas associados; seriam lesões microscópicas, conhecidas como NIAs (neoplasia intra-epitelial) graduadas como:
NIA I: a simples presença do vírus.
NIA II ou III: lesões precursoras do câncer.
Se é considerada uma DST, ela tem relação com outras DSTs como o HIV?
Sim, devido a via de infecção e disseminação ser a mesma, não é infrequente encontrarmos outras DSTs, como sífilis, herpes genitais, gonorreia, clamídia e o HIV.
Qual o tempo entre a exposição e os sintomas?
Esse questionamento é importante, porque inúmeras vezes, no consultório, os pacientes questionam a fidelidade de seus parceiros. No entanto, não é possível determinar se o contágio foi recente ou antigo (há anos atrás).
Na suspeita de infecção por HPV como devo proceder?
Como se trata de infecção, na maioria das vezes, “silenciosa” a consulta anual preventiva com o COLOPROCTOLOGISTA, ginecologista e urologista é extremamente importante.
Como se trata o HPV?
O tratamento é individualizado, depende se a lesão é interna ou externa ao canal anal ou vaginal, se a lesão é única ou múltipla, se há lesões visíveis ou não.
Daí a importância da avaliação preventiva, uma vez que o paciente realizou a consulta com o COLOPROCTOLOGISTA e fez a ANUSCOPIA COM MAGNIFICAÇÃO (clique aqui para saber mais) ou com o ginecologista através do PAPANICOLAU, pode-se diagnosticar lesões intra-epiteliais, não visíveis a olho nu.
Nós especialistas temos um arsenal de tratamento variado, que vai desde a aplicação tópica de alguns fármacos até o tratamento cirúrgico.
Quem tem ou teve HPV deve-se vacinar?
Sim, a vacina fornece imunidade cruzada aos demais sorotipos e deve sempre ser indicada
antes, durante ou posterior ao tratamento. As vacinas existentes no Brasil são a bivalente (protege contra os sorotipos 16 e 18) e a tetravalente (protegendo contra 16 e 18, mas também 6 e 11), em breve teremos a nonavalente (protegendo contra 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58).
Dessa forma, mesmo que você não pertença ao grupo sugerido pelo PNI (Programa Nacional de Imunização), caso tenha exposição a um sorotipo de HPV, será imunizado contra os demais que a vacina carreia.
Ficou com dúvida em alguma coisa? Quer saber mais sobre um detalhe? Mande para a gente!
O que vale é a informação e a não infecção, correto? E...procto!